Maricá (RJ): O guia completo da cidade: O que fazer, onde ir, e muito mais!
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SOBRE A CIDADE DE MARICÁ (RJ)
Considerada um paraíso natural, com 46 quilômetros de praias, seis lagoas, canais, ilhas e rios, cachoeiras, trilhas, serras, restinga e uma rica história, Maricá é o cenário perfeito para quem procura beleza natural e aventuras.
Maricá é rodeada por maciços costeiros. As serras principais são: Calaboca, Mato Grosso (onde se localiza o ponto mais alto do Município – o Pico da Lagoinha, com 890 metros), Lagarto, Silvado, Espraiado e Tiririca.
O município apresenta um grande complexo lagunar que contempla as lagoas de Maricá, Barra de Maricá, do Padre, Guarapina, Jacaroá, Araçatiba, Boqueirão e Jaconé, além dos canais de Ponta Negra e de Itaipuaçu que ligam as lagoas ao mar.
Também é conhecida por suas praias oceânicas, dentre as quais se destacam as praias de Jaconé, Ponta Negra, Barra de Maricá, do Francês e Itaipuaçu. A topografia peculiar cria um ambiente propício à prática de esportes como voo livre, trekking e mountain bike, entre outros.
A Serra da Tiririca, entre Maricá e Niterói, é um parque estadual com um valioso trecho de mata atlântica.
A Área de Proteção Ambiental Estadual de Maricá é uma área tipicamente de restinga, localizada na costa do município. É formada pela antiga fazenda São Bento da Lagoa, a Ponta do Fundão e a Ilha Cardosa. Abriga a Comunidade Pesqueira tradicional de Zacarias, presente na área desde o século XVIII, sítios arqueológicos e o complexo ecossistema de restinga.
Créditos: Conheça Maricá
HISTÓRIA DE MARICÁ (RJ)
A colônia Maricá começou a ser povoada no início do século XVI, por causa da necessidade da Coroa Portuguesa em defender o litoral de ataques dos corsários franceses. Entre 1574 e 1830 as terras são doadas aos colonizadores portugueses, divididas em sesmarias.
O primeiro centro efetivo de população, fundada pelos beneditinos em 1635 surge junto à Fazenda de São Bento (São José do Imbassaí), onde é construída a primeira capela dedicada à Nossa Sra do Amparo.
Em 1814, passa a se chamar Vila de Santa Maria de Maricá em homenagem à rainha D. Maria I de Portugal. Reconhecida, torna-se independente e tem seu desenvolvimento acelerado. Em 1889, o recém-criado governo republicano decide elevar a Vila à categoria de cidade.
A Estrada de Ferro de Maricá também faz parte da história da cidade. Seu primeiro trecho, em 1888 ligava as estações de Alcântara e Rio do Ouro. Entre 1911 e 1940, a ferrovia viveu seu auge e o trecho foi ampliado até Cabo Frio onde registrava um grande volume de cargas da produção local. Com o declínio da atividade agrícola, os trechos foram sendo desativados, sendo encerramento em definitivo em 1966.
A história de Maricá também é rica em personagens ilustres e nomes de representatividade, como o padre José de Anchieta que em 1584 realizou a “pesca milagrosa” na Lagoa de Araçatiba; a Princesa Isabel e o Conde D´Eu que em 1868 se hospedaram na sede da Fazenda do Pilar (Ubatiba) e o pesquisador britânico Charles Darwin que em 1832 incluiu Itaipuaçu em seu roteiro de pesquisas.
“Atualmente, o território municipal estende-se por 362.480 km² e é dividido em quatro distritos: Maricá (sede), Ponta Negra, Inoã e Itaipuaçu. Sua população é estimada em 150 mil habitantes, segundo levantamento de 2016.”
Créditos: Conheça Maricá
FOTOS DE MARICÁ (RJ):
O QUE FAZER / PRAIAS / PONTOS TURÍSTICOS EM MARICÁ (RJ)
Praias oceânicas, lagoas e vegetação de restinga formam o cenário da cidade, que tem como cartão-postal a concorrida praia de Ponta Negra. Frequentada por jovens e surfistas nos finais de semana e feriados, tem águas geladas e transparentes, além de areia clara e um farol.
Também movimentadas são as praias de Itaipuaçu, muito brava e contornada por formações rochosas e construções; Guaratiba, repleta de casas de veraneio; e Cordeirinho.
Um dos points da cidade é a Lagoa de Maricá, com 18 quilômetros quadrados de espelho d’água e bons trechos para a prática de esportes náuticos.
No Centro de Maricá, todas as atenções se voltam para a igreja Matriz de Nossa Senhora do Amparo, com estilo arquitetônico que mescla o barroco e o neoclássico.
Confira a lista completa:
Igreja Matriz de Nossa Senhora do Amparo
Orla de Araçatiba
Farol de Ponta Negra
Orla das Amendoeiras
Praia de Ponta Negra
Pedra do Elefante
Igreja Matriz de Nossa Senhora do Amparo
A Matriz da Paróquia Nossa Senhora do Amparo teve o início da sua construção no ano de 1788 e foi inaugurada, como templo consagrado, em 15 de agosto de 1802, embora a sua construção se alongasse por muitos anos. Seu estilo é característico da arquitetura religiosa brasileira do século XIX, com planta de nave única e batistério à esquerda. Foi construída sobre uma elevação artificial de aproximadamente três metros de altura, devido às cheias das lagoas e rios próximos. A fachada principal é voltada para o litoral sul/sudeste, apesar de não ser possível avistá-lo. No seu entorno se desenvolveu o segundo núcleo do povoado maricaense, no século XIX. Teve seu tombamento provisório em conjunto com o prédio da Câmara e Cadeia pelo INEPAC (Instituto Estadual do Patrimônio Cultural) em 16/12/1985. As obras cristãs mais atuais foram trazidas pelo padre Manuel de Nóbrega, conhecido na cidade principalmente por suas ações sociais. As lutas por melhorias à comunidade cristã e local, além da criação de campanhas de alimento são algumas das importantes ações do padre.
Orla de Araçatiba
Após a revitalização da orla, ocorrida em 2018, Araçatiba tornou-se um dos melhores points em Maricá. O espaço conta com cerca de 5 quilômetros iluminados e urbanizados, onde existem equipamentos esportivos para a prática dos mais diversos esportes, como vôlei de praia, corrida, futevôlei, entre outros. No percurso da orla é possível encontrar esculturas, academia ao ar livre, restaurantes e pousadas. Aqui também você pode observar várias espécies de aves como as corujas buraqueiras. O Pôr do Sol aqui é imperdível.
Farol de Ponta Negra
O patrimônio turístico e cultural da cidade, o Farol de Ponta Negra, de propriedade da Marinha do Brasil, foi inaugurado em 1909 graças à contratação feita pelo almirante Arthur Jacaguay, o Albino Cunha. O local possui uma das mais raras vistas de todo o planeta, onde é possível avistar a curvatura do planeta Terra, fato registrado no Guia Verde, uma das principais publicações no setor de turismo. O nome do local originou-se a partir da chegada dos portugueses, ainda na época das grandes navegações. A vista com rochas e a costa escura deram origem ao nome Ponta Negra, mas há a hipótese que o nome tenha também ligação com o fato do local já ter sido uma região clandestina do desembarque de escravos. No decorrer de sua história, o farol passou por algumas mudanças: – Em 1940 foi reconstruído em cimento armado em placas pré-fundidas, passando a ter o formato cilíndrico com 11 metros de altura; – Em 1981 o sistema elétrico passou por uma atualização, com implantações de lanternas mais potentes e também de baterias para casos de emergência; – Atualmente o patrimônio utiliza de painéis solares e passa por revisões de forma trimestral.
Orla das Amendoeiras
Localizada no bairro São Jose de Imbassaí. a orla apresenta quadras de vôlei de praia e futevôlei, aparelhos de ginástica e brinquedos para crianças. Tudo isso em um pouco mais de 1km de extensão. Orla de Lagoa ideal para belas fotos.
Praia de Ponta Negra
Com cerca de 5 quilômetros de extensão, a Praia de Ponta Negra é uma das mais visitadas de Maricá. A praia possui ondas ideais para a prática do surf, com areia fina e vegetação rasteira. A orla de Ponta Negra possui diversos quiosques e bares, além de ser sede de competições de surf.
Pedra do Elefante
Localizado entre as Praias de Itaipuaçu e Itacoatiara, a Pedra do Elefante é o ponto mais alto do Parque Estadual da Serra da Tiririca, área de preservação que abrange os municípios de Maricá e Niterói com o objetivo de manter e proteger a biodiversidade e os recursos únicos da região. O local é propício para as práticas de modalidades do ecoturismo, como caminhadas e trilhas. O percurso médio é de 1,5 Km, completados em uma média de duas horas, mas a trilha é considerada pesada, o que exige um forte condicionamento físico do visitante. Ao final da caminhada é possível contemplar a vista por toda a Orla de Itaipuaçu.