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Operadoras de turismo estão perto de alcançar o faturamento do pré-pandemia

by admin
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Praia lotada durante feriado no Rio de Janeiro

Praia lotada durante feriado no Rio de JaneiroCNN (2.set.2020)

 

setor do turismo tem apresentado uma melhora gradativa e, em setembro, 36% das operadoras de viagem alcançaram o faturamento próximo ao pré-pandemia, quando comparado ao mesmo período de 2019.

Os dados, divulgados pela Associação Brasileira das Operadoras de Turismo (Braztoa), mostram que essas agências ultrapassaram 75% ou mais do rendimento de 2019.

Já em relação a setembro de 2020, 43% das operadoras de turismo dobraram o faturamento. O resultado é positivo também quando a comparação é feita com agosto de 2021. A maior parte das agências (80%) registraram rendimento igual ou superior após um mês.

À CNN, a vice-presidente da Braztoa, Marina Figueiredo, comemorou o resultado, mas afirmou que é preciso cautela, já que nem todas as agências estão conseguindo recuperar a queda após os impactos da pandemia.

“O momento de crescimento do setor é puxado pelo avanço da vacinação contra a Covid-19, pelo aumento da oferta de pacotes, pela abertura de fronteiras e também pela aproximação do fim de ano, com a temporada de férias e festas.

Apesar do otimismo dos dados, especialmente nesse segundo semestre, a gente segue com muita atenção, já que quase metade (46%) das operadoras ainda está em patamares equivalentes a 25% do faturamento pré-pandemia” afirma Figueiredo.

O levantamento mostra também que 61,4% dos embarques nacionais realizados em setembro foram de vendas realizadas no próprio mês. O índice está quase empatado com os voos internacionais, em que 62% dos embarques foram decorrentes de compras em setembro.

O Nordeste segue sendo a região mais procurada pelos brasileiros, seguido do Sul do país. Entre os destinos mais requisitados pelos viajantes estão Salvador e Gramado. Já Foz do Iguaçu e Maceió despontaram no ranking como os lugares com aumento expressivo de vendas.

Enquanto isso, a América Central e Europa aparecem como os destinos internacionais mais buscados. Foi observado, no entanto, um aumento expressivo da América do Norte, por causa do anúncio da liberação de viagens a turismo para os Estados Unidos. Os brasileiros têm preferido embarcar para Cancún, Dubai, Egito e Maldivas.

Entre as compras de viagens em setembro, quase metade (45%) são para até o fim do ano. Já para os embarques para fora do país, 40,4% vão ser realizadas até o final de 2021, enquanto 21% estão agendadas para o primeiro semestre de 2022.

Demanda e oferta por voos domésticos

Dados da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) revelam que a demanda por voos nacionais em setembro teve alta de 4,2% em relação a agosto.

A oferta também registrou crescimento de 2,7%. Ao todo, foram transportados 5,8 milhões de passageiros, cerca de 300 mil viajantes a mais do que em agosto.

Enquanto isso, no mercado internacional, a demanda avançou 5,7% e a oferta 4,3% na mesma comparação de tempo.

À CNN, o presidente da ABEAR, Eduardo Sanovicz, ressalta que a recuperação está diretamente associada a vacinação no país, mas lembra que o índice segue abaixo do período sem pandemia.

“Estamos observando um movimento que tem duas faces. Em setembro, comparado com agosto deste ano, o movimento cresceu e há uma retomada de voos e de demanda porque, na medida em que a vacinação foi crescendo, as pessoas se sentiram mais seguras para viajar. Por outro lado, comparando com 2019, o período pré-crise, a demanda ainda é menor”, diz o presidente da ABEAR.

Em comparação com setembro de 2019, a demanda de voos apresentou queda de 17,8% e a oferta um recuo de 17,4%. Sanovicz afirma que a previsão é de que a quantidade de passageiros volte ao normal no início do ano que vem.

“O que vemos agora é que temos condições de, ao longo do primeiro trimestre de 2022, ter toda a malha doméstica no ar e voltar a ter um volume de passageiros equiparado a 2019. No entanto, temos dois desafios fortíssimos: o custo do querosene de aviação, que subiu 91,7% no segundo trimestre deste ano, e o câmbio, que acaba impactando 51% dos nossos custos, que subiram mais de 30%. Portanto, atravessamos a crise, saímos mais ‘fitness’, tivemos que deixar pelo caminho custos e gorduras e rever uma série de situações. Estamos cansados, mas otimistas e prontos para enfrentar esse novo momento” afirma Sanovicz.

*Sob supervisão de Helena Vieira

Fonte: CNN

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