Secretários de Turismo traçam estratégias emergenciais em audiência na Câmara
Em audiência pública da Câmara dos Deputados, nesta quinta-feira (25), secretários estaduais e dirigentes de Turismo estiveram reunidos para traçar estratégias emergenciais a curto e médio prazo, em meio a liberação de crédito, reedição da Medida Provisória 936/20 e fortalecimento do setor no exterior são algumas das medidas que podem salvar o turismo no Brasil, diante da profunda crise no setor causada pela pandemia do coronavírus.
“A palavra de ordem é ‘sobrevivência’ dos atores econômicos do turismo”, afirmou o deputado federal Otavio Leite, autor do requerimento da sessão e ex-secretário de Turismo do Estado do Rio de Janeiro. O deputado considera que a votação do projeto 5.638, do deputado Felipe Carreras, no Senado, e a redução da burocracia para uso do Fungetur, mecanismo de crédito essencial ao fomento do turismo, precisam acontecer com urgência. “Estamos trabalhando em emergência e também é preciso pensar à frente. O turismo é luz no fim do túnel.”
Os secretários de Turismo foram representados pela secretária do Distrito Federal, Vanessa Mendonça; Fausto Pinato, secretário da Bahia, e pelo deputado Odair Cunha. Eles reforçaram a necessidade da união do setor para evitar a falência de mais empresas e empregos ligados ao turismo. Outras autoridades acompanharam a sessão virtual e enviaram uma série de pontos aos representantes.
A preocupação com o fechamento de destinos do país por conta do agravamento da pandemia fez com que dirigentes do turismo voltassem à “receita zero”, como destacou Bruno Wendling, presidente do Fórum Nacional de Secretários e Dirigentes Estaduais (Fornatur). “E se não há receita, como os empresários podem arcar com os pagamentos?”
Para o presidente da Comissão de Turismo, deputado João Carlos Bacelar, é preciso aumentar o orçamento do setor para se pensar em uma política estratégica e consistente de enfrentamento à crise. A Comissão vai agora ao Ministério do Turismo a fim de pedir providências para fomentar o setor a curto e médio prazo.