O setor hoteleiro também percebe a alta demanda dos turistas
Com a arrefecida da pandemia da Covid-19 em decorrência do avanço da vacinação e a flexibilização das medidas restritivas, a cidade do Rio de Janeiro se prepara para receber, em dezembro, um número expressivo de visitantes. A expectativa do setor turístico é que o movimento no Natal e no Réveillon cheguem em níveis pré-pandêmicos.
Dados obtidos pela CNN mostram que a ocupação de voos nacionais e internacionais para o Rio de Janeiro está de lotação máxima para as últimas duas semanas do ano. Segundo o RIOgaleão, normalmente a taxa de ocupação para esse período é de 83%.
O setor hoteleiro também percebe a alta demanda dos turistas. De acordo com a associação de hotéis do Rio, a tendência é que os estabelecimentos não tenham mais vagas disponíveis para a última quinzena de dezembro. Para esse feriado prolongado da Proclamação da República, de acordo com dados da Associação Brasileira de Hotéis do Rio de Janeiro (ABIH-RJ), a rede hoteleira da cidade tem 95% de ocupação, sendo esse o melhor feriado de 2021 para o setor.
A expectativa de uma alta procura de turistas pelo Rio de Janeiro é confirmada pelo levantamento realizado pela Kayak. Os dados divulgados, na última semana, pela agência online mostram a capital fluminense como o destino nacional mais procurado entre os brasileiros, figurando na frente de Recife, Salvador e Fortaleza.
Apesar do avanço da vacinação contra Covid-19, a pesquisadora da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Margareth Dalcolmo, ainda vê com cautela a retomada do turismo e o aumento do fluxo de pessoas no Brasil. À CNN neste domingo (14), a especialista em epidemiologia afirma que o país ainda não atingiu uma cobertura vacinal necessária e disse existir a possibilidade de uma nova onda de contaminações.
“Pode ocorrer [uma nova onda], epidemiologicamente falando ela existe, apesar de não ser provável. Nós ainda não alcançamos uma taxa de vacinação totalmente adequada, precisamos continuar avançando e não relaxar antes da hora”, disse a pesquisadora.
Pesquisadores da Fiocruz defendem que só quando o país atingir cobertura vacinal 80%, é possível flexibilizar as medidas. Atualmente, 123,6 milhões de brasileiros já estão com o esquema vacinal contra o vírus.