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Parceria entre a Ribalta Hospitalidade e Fundação Darcy Vargas inaugura novo Centro Cultural no novo centro do rio

    Fruto de uma parceria entre a Fundação Darcy Vargas (FDV) e a Ribalta Hospitalidade, foi inaugurado na região portuária do Rio de Janeiro um novo espaço dedicado à arte, à memória e à educação: o Galpão Cultural Patrimoniará. O evento de estreia é a exposição homônima “Patrimoniará”, projeto da Weave/Fomentae realizado pela Galeria Providência, a qual reúne obras de artistas locais contemporâneos, produções de alunos da FDV e peças do acervo histórico da fundação, incluindo documentos da Casa do Pequeno Jornaleiro. O local, que fica na Rua do Livramento – nº 27, passa a ser mais uma opção aos visitantes que fazem os percursos das histórias urbanas e da herança africana no Centro do Rio. A curadoria do espaço fica a cargo de Hugo Oliveira, diretor da Galeria Providência.

    A Ribalta Hospitalidade, que engloba o Ribalta Hotel e o espaço de eventos Ribalta, na Barra da Tijuca, atuou junto à Fundação Darcy Vargas para viabilizar a iniciativa. O fundador da Ribalta, o empresário italiano Pasquale Mauro, foi acolhido pela Casa do Pequeno Jornaleiro em sua juventude, quando trabalhava vendendo jornais, experiência que influenciou na sua formação e engajamento social. Hoje, a família de Pasquale Mauro, que faleceu em 2016, mantém vivo o incentivo ao trabalho da instituição:

    — A Fundação Darcy Vargas faz parte da memória da nossa família e valorizamos profundamente a forma como segue gerando impacto social para a comunidade do entorno e para a construção da própria história da cidade do Rio, contribuindo para a educação, o bem-estar e a formação cidadã de crianças e adolescentes. Estamos felizes em ver o projeto do novo galpão ganhar vida e esperamos que se torne mais um espaço de incentivo à cultura e à valorização da região — declara Giovanna Mauro, neta de Pasquale, diretora da Ribalta Hospitalidade e embaixadora da FDV.

    O Galpão Cultural Patrimoniará tem 340 m² no total e a primeira exposição ocupa 150 m² da área. O restante do espaço será aberto ao público a partir do próximo ano, com outras exposições e atividades culturais, incluindo obras de alunos da escola da FDV e de artistas da região, a fim de valorizar e expor ao público as riquezas culturais dos bairros da Gamboa, Saúde e Santo Cristo.

    Segundo a conselheira da Fundação Darcy Vargas, Camila Crispim, a proposta do galpão segue um importante legado histórico:

    — Ter um centro cultural aberto à comunidade em uma região tão representativa da História e da cultura negra é essencial. O Centro Patrimoniará quer pensar o futuro da Pequena África, em meio aos desafios do processo de gentrificação que vem passando a Região Portuária, garantindo que a memória e a ancestralidade permaneçam vivas.

    O galpão possui acessibilidade física, com rampas e banheiro PCD, e a exposição conta com textos curatoriais em versão libras e áudio, obra de arte audiodescrita e equipe de monitores preparada com acessibilidade atitudinal e comunicacional.

    Exposição inaugural

    A primeira exposição ocorre até 13 de dezembro, com visitação de quinta a sábado, das 11h às 18h. Ela inclui documentos e fotos inéditas da FDV, fragmentos da antiga Perimetral e registros de remoções de casas da Providência, transformados em obras de arte que ressignificam ruína como símbolo de resistência. A programação ainda inclui oficinas, apresentações musicais e exibições de filmes que aproximam artistas, estudantes e moradores em torno de debates sobre memória, território e cultura.

    Para o Curador Hugo Oliveira, Patrimoniará é um convite a reconhecer o que permanece. São camadas de cuidado, luta, beleza e reexistência que formam este território. A exposição celebra quem construiu essa história e quem segue criando caminhos para que ela nunca seja esquecida.”

    Entre alguns artistas da exposição estão: Thiago Haule e Uira Sodoma, que exploram camadas simbólicas indígenas e urbanas; Andréa Hygino, Gabriela Macena, Agrade Camiz, Yuri Cruz e Cecília Cipriano, que investigam corpo e arquitetura; além de Gustavo Cipriano, Daniel Murgel, Leo Nawar, Camila Ribeiro, Coletivo Coé entre outros, com trabalhos inspirados nas vivências das favelas e das ruas. O acervo desta primeira exposição também contará com as produções desenvolvidas por alunos que participaram dos cursos “Carnaval em Foco: Sonhos, Adereços e Alegorias”, “Turismo, Educação Patrimonial e Identidades na Pequena África” e “Marcenaria Ancestral: Jogos Africanos e Biojoias Sustentáveis”, oferecidos pela FDV no primeiro semestre de 2025.

    A exposição Patrimoniará, uma parceria com a Galeria Providência, está sendo realizada com o patrocínio do Banco BOCOM BBM, através da Lei Federal de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet), realizado pela Fundação Darcy Vargas e Weave/Fomentae.

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