O governo federal apresentou nesta terça-feira (30) o Plano Brasileiro de Inteligência Artificial (PBIA) na Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação.
O plano visa impulsionar o Brasil em tecnologia e IA. Um destaque é a criação de um supercomputador no Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC), em Petrópolis (RJ). Este computador, que pode ser chamado de Santos Dumont, mira uma capacidade de 17 petaflops/s e estará disponível para pesquisadores e empresas.
Pontos abordados pelo Plano Brasileiro de Inteligência artificial
O PBIA, aprovado pelo Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia (CCT) e elaborado durante um período de cinco meses, foi entregue ao presidente Lula na abertura da 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação. O plano cobre cinco eixos, a saber:
- Infraestrutura;
- Desenvolvimento de IA;
- Serviços públicos;
- Inovação empresarial;
- Regulação.
O objetivo do PBIA é fortalecer a posição do Brasil em IA, promovendo colaborações internacionais e avanços tecnológicos nacionais. Uma meta é criar modelos de linguagem avançados em português com dados locais. A ministra Luciana Santos enfatizou a importância do plano para a economia e as oportunidades que a IA oferece. Veja o que ela disse:
“Este é um debate estratégico e que impacta diretamente no mundo e no Brasil as cadeias econômicas porque ao mesmo tempo que a inteligência artificial tem riscos, ela traz muitas oportunidades”.
Formação de profissionais e aplicação de IA nas esferas público e privada
O plano também busca desenvolver processadores de alto desempenho e práticas sustentáveis de armazenamento de dados. Inclui ainda a formação de profissionais em IA, aplicação de IA no serviço público e apoio à inovação empresarial, com financiamento para startups e empresas de tecnologia.
Na área de regulação, o PBIA propõe avaliações de risco para ferramentas de IA e “sandboxes” para testes. Isso depende da aprovação de um projeto de lei sobre IA no Senado.
A 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação discutirá o futuro da ciência no Brasil, incluindo mudanças climáticas e políticas de inovação. O evento, que vai até quinta-feira, espera atrair até 2.200 participantes diários e um público virtual, com mais de 50 sessões de debates e sete plenárias.
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