Conselho Empresarial de Turismo da ACRJ debate melhorias na malha viária do estado
A implantação de melhorias nas rodovias que conectam o Estado do Rio de Janeiro ao país foi um dos temas da reunião do Conselho Empresarial de Turismo da ACRJ (Associação Comercial do Rio de Janeiro) realizada nesta terça-feira, dia 28, no hotel Windsor Marapendi. O objetivo é aperfeiçoar a qualidade das estradas para incrementar o fluxo de turistas e cargas e dinamizar a economia fluminense.
Para o presidente do Conselho Empresarial de Turismo da ACRJ, Alfredo Lopes, a reformulação da infraestrutura rodoviária do nosso estado é essencial para a economia e o turismo fluminense. “Foram os turistas que vieram pelas estradas que ajudaram a sustentar os hotéis durante a pandemia, em especial nos finais de semana. Melhorar a malha viária vai aumentar o fluxo de visitantes e incrementar os negócios do setor”.
O vice-presidente do Conselho Empresarial de Logística e Transporte da ACRJ, Delmo Pinho, em sua apresentação “Panorama do processo de concessões das estradas de ligação entre o Estado do Rio e demais estados do país” abordou a importância das rodovias para a economia. “Em distâncias de até 500 km, o transporte rodoviário oferece vantagens sobre o ferroviário, em função da flexibilidade. O Rio de Janeiro ocupa uma posição estratégica entre os estados de São Paulo, Minas Gerais, além de termos um porto com boa capacidade. Boas rodovias não apenas nos permitirão captar uma parte da economia desses estados como também atrair mais turistas”.
Segundo ele, as novas concessões de rodovias foram bem planejadas, feitas com apoio do Banco Mundial, estão muito sólidas e os cronogramas devem ser obedecidos. “Os principais gargalos são a Serra das Araras, na Dutra, que será totalmente reformulada, e a BR 040, que faz a ligação com Minas Gerais – 50% dos produtos embarcados no porto do Rio vêm de lá por essa rodovia”. Delmo Pinho acredita que outra vantagem da renovação da Via Dutra, que terá postes de iluminação com lâmpadas de LED em toda sua extensão, é a captação de turistas da região do Vale do Paraíba. “O PIB de cidades como São José dos Campos e Taubaté é maior do que de algumas capitais do nordeste. Temos que oferecer a essas pessoas um acesso facilitado e seguro ao nosso estado e a belezas naturais como as praias da Costa Verde. Por isso devemos procurar renovar estradas como as que ligam Mangaratiba a Rio Claro e Angra dos Reis a Barra Mansa”.
Outro ponto da reunião foi a apresentação do CEO do Bondinho do Pão de Açúcar, Sandro Fernandes, e do arquiteto Guto Índio da Costa sobre a tirolesa que será instalada no ponto turístico. “No passado, o bondinho colocou o Rio de Janeiro e o Brasil na rota do turismo internacional. A tirolesa certamente não será a mais radical nem a mais rápida do mundo, mas certamente será a mais bonita – e isso contribuirá positivamente para a imagem da nossa cidade. Tenho certeza de que muitos turistas aumentarão seu tempo de estadia aqui para poder aproveitar a novidade, gerando mais faturamento para hotéis, restaurantes e comércio em geral”, acredita Fernandes.
O arquiteto Guto Índio da Costa fez questão de esclarecer os pontos que estão causando algumas preocupações entre os moradores da Urca. “Há temores de que a tirolesa causa poluição visual e aumento de ruído e de trânsito. Posso garantir que os cabos são muito mais finos do que os do bondinho e serão imperceptíveis. Eles foram importados da Suíça e são extremamente lisos, justamente para reduzir ao máximo o ruído do atrito. Por fim, os problemas de tráfego da Urca são decorrentes da condição natural do bairro e não será um pequeno aumento de visitantes que causará mais engarrafamentos”, disse.
“Há muitos aspectos positivos a serem observados no projeto de modernização de um dos pontos turísticos mais visitados do Rio. Tenho certeza de que não apenas nossa cidade, mas o país como um todo têm muito a ganhar com as novidades que serão instaladas no Pão de Açúcar”, afirma Alfredo Lopes.