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CNC projeta crescimento de 2,8% para o setor de turismo em 2022

Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) revisou para cima o crescimento anual do setor de turismo, que deve encerrar o ano com alta de 2,8%, em relação ao ano passado. Na projeção anterior, a CNC estimava um crescimento de 2,4%.

A análise da Confederação é feita com base no cruzamento de informações disponibilizadas pela Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), considerando o potencial mensal de geração de receitas do setor.

Para o economista-chefe da CNC, Fabio Bentes, o setor de turismo vem reduzindo as perdas em relação às fases mais agudas da pandemia. A tendência é que o setor volte a registrar, dentro de aproximadamente dois meses, o mesmo patamar de volumes de receitas que tinha em fevereiro de 2020, período pré-pandemia.

“Essa recuperação tem sido robusta. Obviamente que ela é justificável pelo desenrolar da pandemia, pela queda o número de casos e pelo avanço da vacinação”, afirmou o economista.

“Observamos também esse aumento recente no número de casos, mas ao que tudo indica, a gente ainda está muito longe daquelas situações mais críticas da primeira e da segunda onda. Então, a tendência é que o setor nas férias de julho, por exemplo, já registre um número de volume de receita semelhante àquele que se tinha em fevereiro de 2020”, acrescentou.

Desde o início da crise sanitária, o setor de turismo acumula um total de R$ 515 bilhões em perda de receita. Em abril, a diferença entre a geração de receitas do setor e o seu potencial mensal registrou perda de R$ 6,3 bilhões.

Outro fator que mostra a retomada do setor são as contratações formais. Nos seis primeiros meses de 2020, a queda da atividade levou o setor a eliminar 526,5 mil empregos — um encolhimento equivalente a 15% da força de trabalho. Nos meses que se seguiram, o setor apresentou retomada robusta, “recuperando” 290 mil das vagas eliminadas naquele período, destacando-se bares e restaurantes (+220,5 mil) e serviços de hospedagem (+61,2 mil). Desde maio do ano passado, os saldos mensais entre admissões e desligamentos se mostraram positivos, segundo a CNC.

Feriado

As reservas no setor hoteleiro do país para o feriado de Corpus Christi já se aproximam da capacidade máxima. De acordo com a Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação (FBHA), a expectativa é de 80% de ocupação dos hotéis durante o feriado prolongado. Em regiões turísticas como Alagoas, é esperado 88% de ocupação, enquanto na Serra Gaúcha, 90%. Alguns hotéis e pousadas já estão com capacidade máxima há alguns meses.

“Este é um feriado historicamente de muita procura, somado às festas juninas e à vontade da população de sair neste cenário pós isolamento da Covid-19, a data tem uma procura ainda maior. Resorts com programação para toda a família e hotéis em cidades com festas temáticas tendem a ser os mais procurados”, comentou Alexandre Sampaio, presidente da FBHA.

No Rio de Janeiro, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH-RJ), até o momento a rede hoteleira do interior do estado registra uma média de 80,27% dos quartos reservados para o período de 16 a 19 de junho. Já na capital fluminense, o Sindicato dos Meios de Hospedagem do Município do Rio (HotéisRIO) observa uma média de 72,55% nos hotéis.

O presidente do HotéisRIO, Alfredo Lopes, atribui o bom resultado da capital ao fato de o Rio ser uma cidade com inúmeras opções culturais e gastronômicas e à proximidade com outros estados, como é o caso de São Paulo e Minas Gerais.

“É um turismo doméstico, com visitantes oriundos de São Paulo, capital e interior, e Minas Gerais. Mas nossa expectativa é chegar a 85% até o dia do feriado”, pontuou.

Fonte: CNN Brasil

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