A Lagoa de Araruama, maior laguna hipersalina em estado permanente do mundo, é rica em biodiversidade. A vegetação privilegiada, sobretudo os manguezais, formam berçários naturais para diversas espécies. Além da fartura de peixes e crustáceos, o local atrai anualmente visitantes ilustres: diversos tipos de pássaros.
Muitas espécies migram de regiões dos Hemisférios Norte e Sul, como Alasca e Patagônia, em busca de alimento, fazendo um “pitstopâ€. Porém, algumas formam ninhos permanentes, ficando o ano inteiro.
“A vegetação de mangue aliada à s salinas, onde são encontrados crustáceos, moluscos e peixes, proporcionam vários tipos de alimento aos pássaros, que ficam aqui entre os meses de novembro e abril, para só após esse perÃodo fazerem o retorno para sua área de origemâ€, explica o biólogo Geraldo Lima.
Colhereiros na Lagoa de Araruama. — Foto: Geraldo Lima
Passando por seis municÃpios da Região dos Lagos, Saquarema, Araruama, Iguaba Grande, São Pedro da Aldeia, Cabo Frio e Arraial do Cabo, a Lagoa de Araruama possui 220 km² e cerca de 630 milhões de m³ de água. Toda essa imensidão lagunar proporciona fartura também para a pesca local, com espécies como o camarão, a tainha, a carapeba, a saúba, o carapicu e a perumbeba.
Apesar da abundância de recursos naturais encontrada atualmente, a laguna nem sempre foi assim. Devido aos impactos ambientais provocados pela ausência de coleta e tratamento de esgoto, a lagoa entrou em colapso no final da década de 1990 e inÃcio dos anos 2000, perdendo a qualidade ambiental. Este cenário passou a mudar com a chegada da Prolagos, uma empresa da Aegea Saneamento. Ao longo de 23 anos, a concessionária já investiu mais de R$1,4 bilhão em saneamento, passando o tratamento de esgoto de 0% para 80% nas cidades da área de concessão.
“Seguimos o propósito de buscar a universalização do saneamento e a melhoria efetiva da qualidade de vida dos moradores e a preservação do meio ambiente. Para isso, além dos investimentos, sempre contribuÃmos com dados técnicos e cientÃficos para auxiliar o poder público na tomada de decisõesâ€, disse o presidente da Prolagos, Sérgio Braga.
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